sábado, 29 de março de 2008

Promotora de Justiça Soraya Escorel (MP-PB) faz um balanço positivo da realização do Seminário sobre Bullying


Soraya Escorel, Promotora de Defesa da Infância e Juventude da Capital


Gratificante e muito positivo. Foi assim que a Promotora Soraya Escorel se referiu ao I Seminário Paraibano Sobre Bullying Escolar e Incentivo à Cultura de Paz, promovido pelo Ministério Publico Estadual, realizado neste final de semana no Centro de Convenção Cidade Viva, em João Pessoa.Ela atribuiu a importância e o sucesso do evento ao fato de ter reunido profissionais de várias áreas distintas em um único lugar para discutir um tema inédito, que e o bullying. “Eu acho que a avaliação do evento é muito positiva. Fico muito feliz e gratificada. Pois, a partir do momento em que colocamos no mesmo espaço pessoas de áreas diferentes, psicólogos, educadores, assistentes sociais, operadores do direito, entre outros, discutindo, fazendo questionamentos, debates sobre o tema, é que percebemos que a coisa pode da certo.

Uma voz sozinha não pode nada, pois e única, mas quando unida a outras vozes, pode tudo, pode promover mudanças”, afirmou Soraya.A Promotora destacou também o objetivo do Ministério Publico, ao promover o Seminário, em mostrar para a sociedade que o fenômeno do bullying não é brincadeira, mas um problema social grave e que se não tiver prevenção deixa traumas profundos, não só nas vítimas, mas também dentro da família.“Nossa intenção maior, com este evento, e fazer a sociedade entender que o bullying não e brincadeira. É algo muito sério, que se não for prevenido pode chegar até a tragédias. Após tomarmos conhecimentos dos casos concretos que aconteceram em João Pessoa tomamos a iniciativa de trazer conhecimento sobre o fenômeno, por meio do seminário, porque depois do conhecimento do problema vem a prevenção.

A preocupação do MP não e com o hoje e sim com o amanhã”, observou.Soraya enfatizou ainda que a escola tem um papel fundamental na prevenção contra o fenômeno do bullying, que os educadores são os multiplicadores dos conhecimentos adquiridos durante a realização do seminário e que eles, junto com os pais, são os principais responsáveis em evitar o problema do bullying. “O educadores são os multiplicadores para disseminar as informações sobre o fenômeno. Eles estão na linha de frente, cuidando de nossos filhos, que neste caso, tanto podem chegar a ser vítimas ou mesmo agressores.

O professor tem que ter a consciência de não deixar que esse problema aconteça na sala de aula. E o momento das escolas mostrarem suas caras. Terem coragem de enfrentar o problema, como fez o colégio Motiva, um exemplo que deve ser seguido por todos. É importante destacar que se uma escola afirma que em seu ambiente não existe o bullying, esta escola não esta preparada para o enfrentamento do problema. Não somos nós que temos que criar as regras para combater esse problema, mas as escolas.

O Governo do Estado e o Motiva deram um passo a mais, não são todos que dão esse passo”, observou.Com relação à participação da família, a Promotora Soraya Escorel disse que “não adianta prevenção se não houver o envolvimento da família. E de fundamental importância que os pais acompanhem o desenvolvimento escolar de seus filhos, que cobrem das escolas um posicionamento. O Ministério Publico é apenas um mediador nessa situação. Estamos mostrando o problema, para que se chegue a solução”.Ao ser questionada sobre a participação das pessoas ao evento, Soraya disse estar muito feliz, porque houve uma participação maciça, não só de pessoas da Capital, como também, de outras cidades do Estado. “Fiquei muito feliz ao perceber que participaram do evento até pessoas de Itaporanga, alto Sertão do Estado. Estou muito gratificada com a dimensão que o evento tomou.

Nós temos a sensação do dever cumprido. Não podemos permitir que em todas as escolas, seja publica ou privada, exista constrangimento. Não podemos encarar como uma brincadeira”.Ela enfatizou a importante participação da imprensa para o sucesso do evento. “Como é importante o papel da mídia nesse processo, pois foi a partir da divulgação de casos concretos que nos levou a analisar a real dimensão do problema. As pessoas estão se mobilizando, obtendo informações sobre o assunto.

Serviu ate para despertar a própria justiça. Nunca tinha se reunido tanta gente para discutir sobre o tema”, destacou.Parceria pós-seminárioA Faculdade Maurício de Nassau, em parceria com o Ministério Publico, vai produzir um vídeo institucional sobre o evento, que será distribuído pelo MPPB nas escolas da rede publica e privada, bem como, estão sendo estudadas propostas da realização de seminários idênticos nos Estados do Rio de Janeiro e Pernambuco.“A Maurício de Nassau, que junto com o MP abraçou esta causa, esta produzindo o vídeo, com as palestras, os debates, tudo sobre o evento. Esse material será utilizado para fazer um trabalho dentro das escolas”, disse.

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