TJMG. Motorista indeniza vítima de estupro
A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) manteve sentença que condenou o motorista J.G.S. a indenizar uma jovem que foi violentada por ele quando tinha 12 anos e engravidou. Ela vai receber R$ 7 mil, por danos morais, mais R$3.407,33, por danos materiais. J.G.S. era motorista de transporte escolar e levava estudantes residentes na zona rural de Coromandel até o distrito de Alegre.
Conforme os autos, ele prometeu à menina que deixaria sua esposa para ficar com ela, se eles mantivessem relações sexuais, o que aconteceu no período de agosto de 1997 a julho de 1998. Ainda segundo o processo, quando surgiu a suspeita de gravidez, o motorista, que contava 46 anos, levou a menina para fazer o teste e, diante do resultado positivo, tentou convencê-la a abortar. A menina não concordou e então contou tudo aos pais.
Posteriormente, a criança foi reconhecida como filha de J.G.S. por exame de DNA. O juiz da 1ª Vara Cível da comarca de Coromandel, Giancarlo Alvarenga Panizzi, condenou o motorista a pagar à jovem R$ 7 mil por danos morais e R$ 3.407,33 por danos materiais. Os valores deverão ser corrigidos monetariamente e acrescidos de juros. N
a esfera criminal, ele já havia sido condenado a 7 anos, 8 meses e 15 dias de prisão em regime semi-aberto pelo crime de estupro com violência presumida. J.G.S. apelou ao TJMG alegando que não foi comprovado ato danoso contra a imagem, honra e vida privada da jovem, a qual, segundo ele, tinha vários namorados. O
relator do recurso, desembargador Francisco Kupidlowski, considerou, no entanto, que as provas testemunhais apontam que a menina era “moça pacata, que nunca tinha tido sequer um namorado”. Ele avaliou que, diante disso, “indubitavelmente, os atos praticados pelo apelante ofenderam a honra” da menina, produzindo a responsabilidade civil de indenizar. O desembargador votou pela manutenção do valor fixado na sentença e também denegou o pedido do motorista para ficar isento das custas judiciais.
O relator considerou que J.G.S. “sequer requereu a concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita” e pagou todas as custas até o momento, o que demonstra que ele tem condições de arcar com o restante das despesas. Com os votos ainda dos desembargadores Adilson Lamounier e Cláudia Maia, a sentença foi integralmente mantida.
Assessoria de Comunicação Institucional - Ascom TJMG - Unidade Francisco Sales (31) 3289-2520 mailto:imprensa.ufs@tjmg.gov.brProcesso nº: 1.0193.01.004217-7/001
Texto da Assessoria de Comunicação Institucional - Ascom TJMG - Unidade Francisco Sales (31) 3289-2520 imprensa.ufs@tjmg.gov.br Processo nº: 1.0193.01.004217-7
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