quarta-feira, 13 de maio de 2009

Promotor solicita implantação de delegacia especializada contra crimes cibernéticos em Campina Grande (PB)
Os crimes praticados através da rede mundial de computadores tem preocupado diversas autoridades brasileiras. De acordo com o Promotor de Justiça de Campina Grande, Herbert Douglas Targino, pesquisas apontam que, no Brasil, fraudes financeiras que utilizam a internet e correios eletrônicos já superam os prejuízos provocados pelos assaltos a bancos.
Apesar do aumento do número de crimes cibernéticos em todo o País, vários estados não dispõem de delegacias especializadas para investigar os delitos cibernéticos. No dia 6 de maio, o Promotor Hebert Targino se reuniu, em Campina Grande, com o secretário de Segurança e Defesa Social da Paraíba, Gustavo Gominho, para discutir a segurança pública na cidade e a implantação da Delegacia Estadual Especializada contra Crimes Cibernéticos.
O Promotor de Justiça informou que computadores têm sido usados por delinquentes para armazenar informações relacionadas com a prática de delitos e para facilitar a comunicação com outros delinquentes e com as vítimas. Dentre os crimes mais praticados por hackers estão as fraudes bancárias e financeiras. “Em 2008, levantamentos do Banco Central atestam que foram realizadas 7,2 bilhões de operações bancárias pela rede de computadores no Brasil, de tal forma que a internet se aproxima do uso dos caixas eletrônicos que realizam 7,9 bilhões de operações no ano passado”, acrescentou.
De acordo com o serviço de perícia e informática da Polícia Federal, os hackers já roubam mais dos bancos que os assaltantes de agências bancárias. “Considerando que o fraudadores costumam enviar o maior número possível de e-mails, superando a casa de um milhão de mensagens, se 1% dos que receberem cair, o hacker já terá sucesso”, explicou.
Estelionato, extorsão e crimes contra a honra, associados aos crimes praticados contra crianças e adolescentes (com destaque para os crimes de pedofilia, pornografia infanto-juvenil, de abuso e exploração sexual) também constituem os crimes mais praticados pela internet. “Considerando a elevada gama de problemas oriundos pelos avanços tecnológicos e as abusivas ameaças à população, justifica-se a implantação de uma delegacia estadual especializada em crimes cibernéticos”, argumentou.
Seminário
O Promotor Herbert Targino também participou do seminário de treinamento para a investigação de crimes contra crianças mediados pelo computador. O evento aconteceu no dia 28 de abril deste ano, na Procuradoria-Geral de Justiça de Minas Gerais, em Belo Horizonte.
Fonte: MP-PB

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