segunda-feira, 4 de agosto de 2008

STJ inicia semestre com julgamentos de grande repercussão
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) retoma nesta sexta-feira (1º) os julgamentos nos órgãos colegiados. A sessão da Corte Especial, a partir das 14h, marca o início do semestre forense. E os próximos meses prometem ser de muito trabalho para os ministros do Tribunal. Temas de grande repercussão na sociedade brasileira estarão em pauta já nas primeiras semanas. Logo no dia 5 de agosto, deve ser julgado o processo do jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves. E, no dia 7, o processo de Suzane Louise von Richthofen. Confira o que vem por aí.

Pimenta Neves
A possibilidade de realização de um novo júri para o jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves está na pauta do STJ. Está previsto para o dia 5 de agosto, na Sexta Turma, o início da apreciação do recurso especial em que o jornalista alega nulidades no julgamento que o condenou pela morte da ex-namorada Sandra Gomide, em 2000. A relatora é a ministra Maria Thereza de Assis Moura. O Ministério Público Federal deu parecer favorável à realização de novo júri a Pimenta Neves (REsp 1012187).
No mesmo dia, está incluído na pauta da Quarta Turma o recurso em que Suzanne Richthofen contesta a liberação apenas para o irmão, Andreas, de bens deixados em herança pelos pais assassinados, no valor de quase R$ 800 mil. O relator é o ministro Fernando Gonçalves (REsp 1052134).

Richthofen
Na sessão do dia 7 de agosto, o ministro Nilson Naves, da Sexta Turma, leva seu voto-vista sobre a possibilidade de redução de pena de Suzane Richthofen, condenada pelo assassinato dos pais. O habeas-corpus discute se pode ser aplicada a atenuante de confissão (HC 102242).
Escutas telefônicas
O julgamento do habeas-corpus que pode alterar o entendimento do STJ a respeito do limite de prorrogações de escutas telefônicas está interrompido na Sexta Turma. Há precedentes no Tribunal segundo os quais é possível prorrogar a interceptação tantas vezes quantas forem necessárias, desde que fundamentadas. No entanto, o relator, ministro Nilson Naves, entende que estender indefinidamente as prorrogações não é razoável, já que é de 30 dias o prazo máximo para escuta. O ministro Paulo Gallotti pediu vista do processo, mas não há data prevista para a retomada do julgamento (HC 76686).

Cacciola
A Sexta Turma também analisará os habeas-corpus do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, cuja relatora é a desembargadora convocada Jane Silva. Não há data para os julgamentos. Num dos pedidos, a defesa quer a proibição do uso de algemas em Cacciola, inclusive nos deslocamentos no interior de fóruns (HC 111112). Noutros dois habeas-corpus, a defesa quer que o ex-banqueiro seja colocado em liberdade, enquanto aguarda julgamento (HC 111111 e HC 111320). Não há data prevista para esses julgamentos.

Violência
O caso dos jovens que agrediram uma empregada doméstica no Rio de Janeiro deve ter decisões neste semestre (RHC 23481 e RHC 23652). O relator é o ministro Og Fernandes. Ainda é esperada a conclusão de um dos julgamentos que discute a aplicação da Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006), sobre violência doméstica. A análise do habeas-corpus encontra-se suspensa por um pedido de vista do ministro Paulo Gallotti (HC 96992). A relatora, desembargadora convocada Jane Silva, entende que, em se tratando de lesões corporais leves e culposas praticadas no âmbito familiar contra a mulher, a ação é, necessariamente, pública e incondicionada. O ministro Nilson Naves, ao votar, divergiu do entendimento da relatora(do STJ).

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