quinta-feira, 31 de julho de 2008

Promotores da Caimp após visita às Delegacias da Capital da Paraíba apontam principais motivos que impedem a conclusão dos inquéritos
Os Promotores de Justiça, Ricardo Lins e Alexandre Varandas, Coordenadores da Central de Acompanhamento de Inquéritos Policiais – Caimp, após recentes visitas às Delegacias de Polícia Distritais e Especializadas de João Pessoa, constataram vários problemas apontados pelos policiais como motivos para a não conclusão dos inquéritos policiais dentro do prazo determinado pela lei.
De acordo com o relatório feito pelos Promotores, dentre alguns motivos, constam o grande número de inquéritos sob a responsabilidade de um único delegado, a falta de pessoal especializado para investigar, a demora na conclusão dos exames periciais requisitados, como também, no atendimento de cartas precatórias enviadas a outros Estados, principalmente as destinadas a Pernambuco.
Relatório
O relatório aponta ainda que a falta de colaboração da sociedade (vítimas, testemunhas, etc), de entendimento entre a Polícia, o Ministério Público e o Poder Judiciário; a ausência de Delegado adjunto na maioria das Delegacias Distritais e Especializadas; e a grande área de abrangência das delegacias são também causas que dificultam a agilização na conclusão dos inquéritos policiais.
Segundo Ricardo Lins, os policiais apontaram também algumas sugestões de medidas práticas a serem aplicadas como forma de empreender melhorias na qualidade do trabalho investigativo nas Distritais da Capital. Dos policias, 13,44%, acham que devem ser ofertados mais treinamento e cursos de capacitação; 20,89 % defendem que a população seja melhor orientada sobre a existência do Boletim de Ocorrência (BO) online; 22,68 % policiais sugeriram que houvesse novo concurso público para agentes, escrivães e delegados e 26,05 % querem que sejam adquiridos equipamentos próprios de investigação.
Além das Distritais os Promotores da Caimp visitaram também a Academia de Polícia Civil – Acadepol. “Anotamos que aquela instituição, em que pese sua indiscutível importância no treinamento e permanente aperfeiçoamento de nossa Polícia Civil, vem perdendo crescente espaço físico e carece de investimentos em infra-estrutura, já que todas as salas de aula de que dispunha foram inutilizadas para a construção de outro órgão, que, finalmente, não chegou a termo. Assim, os cursos que ministra atualmente são realizados de forma improvisada no galpão do estande de tiros, em salas de computadores com destinação diversa e nos locais preparados para a operacionalização do telecentro”, destacou Ricardo Lins.
E acrescentou: “Apesar da precariedade de suas instalações, a informação que tivemos é que a academia continua desempenhando seu papel, ofertando paulatina e continuamente os cursos necessários à capacitação dos policiais civis”.
As visitas às Delegacias foram realizadas no período de 28 maio a 11 de julho deste ano.

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